Cerca de 400 moradores de
lotes de beco participaram, na manhã dessa quinta-feira (17), no auditório da
Câmara Legislativa, de audiência pública para tratar sobre a regularização das
áreas no Gama. O debate surgiu da necessidade da Casa em ouvir as demandas dos
policiais e bombeiros militares contemplados com os lotes e que levaram seus
questionamentos para as audiências públicas que discutem os pontos considerados
inconstitucionais no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). Também há
lotes de beco em Ceilândia e Brazlândia.
Tramita em regime de urgência
o Projeto de Lei Complementar n˚ 32, de autoria do Poder Executivo, que trata
da desafetação e ocupação dos lotes de beco. Para o presidente da Casa, deputado Patrício, a regularização
dos lotes é uma questão prioritária, mas está sendo discutida pela Câmara
Legislativa com bastante responsabilidade. “É preciso que seja garantido o
direito à moradia para todos. A atualização do PDOT, encaminhada pelo
Executivo, e o projeto dos becos, só seguirão para votação em plenário após
exaurirmos a discussão dos temas com a ampla participação da sociedade. Não
tomaremos nenhuma decisão açodada”, destacou.
Há três anos, o sargento da
PM, Samuel Silva, com esposa e filhos, moram em um lote de beco no Gama. A luta
travada ao longo dos anos incentivou ele e um grupo de moradores a montarem uma
associação para cuidar dos interesses comuns dos beneficiários dos chamados
“lotes interticiais”. Nessa quinta-feira, o policial levantou cedo para
acompanhar o debate que influencia na qualidade de vida de sua família. “Sou
filho de candangos que vieram para ajudar a construir Brasília. Como policial,
fiz parte de um programa habitacional do governo e não se pode fechar os olhos
para a nossa situação”, desabafou.
O administrador do Gama,
Márcio Palhares de Oliveira, ressaltou que a Administração Regional acompanha
de perto as reivindicações dos moradores da cidade com relação à questão. “Os
moradores, de uma forma geral, buscam a Administração para recorrer aos seus
direitos e ela sofre com esse problema juntamente com eles. Por ser tão
controversa, a discussão deve permanecer e, em função da luta constante dos
moradores, tudo está caminhando para que seja consolidado confirmando um
direito. A Administração Regional vai estar atenta para dar celeridade quando a
solução vier em definitivo”.
O assessor especial da
Secretaria de Governo, Rogério Santana, explicou que o GDF vai seguir o
princípio da impessoalidade e da legalidade para resolver a situação.
Ex-distrital e subsecretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e
Habitação (Sedhab), Chico Floresta garantiu que existe vontade política para
dar uma resposta ao problema, tranquilizando as famílias que já residem nos
lotes, pois os receberam em decorrência de um processo legal.“Houve estudos
para procurar soluções, mas é preciso seguir o preceito legal. Nossa iniciativa
é fazer a desafetação dos lotes e, após a aprovação, será feito um chamamento público.
Aqueles que receberam uma doação por parte do governo terão prioridade na
regularização”, garantiu.
Após a audiência, ficou
acertada nova reunião na Sedhab com o secretário Geraldo Magela, em data a ser
definida. Participaram da audiência, os deputados Wasny de Roure (PT) e Rôney
Nemer (PMDB).
Todos os dias em minhas orações peço a Deus que regularize os nossos problema o mais rápido possível para podermos dormi em paz com as nossas famílias...
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirÉ público e notório que nos PPMM e BBMM não somos invasores, agimos de boa fé, como cidadães e servidores públicos que somos. Porém uma minoria de pseudos bons samaritanos que se julgam defensores da cidade do Gama, da qual NÓS somos filhos, visando interesses particulares, tentam colocar a população do Gama contra nós. Nesta semana, foi divulgado em um "pasquim" local uma matéria sobre a nossa situação, na referida matéria o individuo tenta desmerecer a audiência pública realizada no último dia 17 e a possível regularização da nossa situação, em momento algum ele cita que o STF é quem "baterá o martelo" sobre as Leis que foram julgadas inconstitucionais pela justiça local. Não sei se devemos dar créditos a isso ou simplesmente ignora-los.
Será que não seria viável nos uníssemos para darmos uma respostas a essas pessoas e um melhor esclarecimento da nossa situação à população do Gama?
Abraços.